quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007


No silêncio procuro o grito e fora da luz escondo o peito.
Guardo em mim as memórias de outrora e mostro ao mundo o coração de pedra que criei nessas ruas que pisei.
Sou corpo dissolvido na alma e percorro a vida com punhos inacessíveis.
Toco o papel e esboço as palavras hoje de quem amanhã as vai rasgar.


Sara Alves de Almeida

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

Foi naquele banco que um dia me procuraste.
Eu sentei-me lá mas dei por mim a levantar-me sem que pudesse sequer deixar-te uma mensagem para que não viesses.
Foi naquele banco que um dia te procurei.
Como em muitas outras vezes, não te encontrei, não te vi por entre o frio do vento, por entre as pedras da calçada que pisei quando virei costas ao momento.
Foi naquele banco de jardim que escrevemos os nossos nomes, tatuámos as nossas vidas e que um dia jurei perder-me em ti.

Sara Alves de Almeida