terça-feira, 30 de dezembro de 2008
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Espaços em branco não existem, não existem vazios nas palavras de um poeta.
A palavra é dor e remédio e fere ou cura quem a sente e não quem a entende.
Nas mãos guardo cada alma de mulher que sujou os olhos e a pele e no peito, preso nos pulmões, os gritos e os silêncios de todas elas.
São nessas artes ocultas que se abatem todas as palavras.
E são nesses vazios que não existem e nos cantos da cidade que se escreve as vidas que o passado decidiu deixar para trás.
Sara Almeida
terça-feira, 19 de agosto de 2008
New York
sexta-feira, 9 de maio de 2008
segunda-feira, 14 de abril de 2008
I Dedicate This To...
Muitos percorrem a vida sozinhos e outros preferem a companhia daquelas poucas pessoas que amam.
A vida não é mais do que um longo ciclo e na altura certa, determinados seres humanos, decidem aparecer e marcar os nossos percursos através das suas palavras e presença.
Eu tenho a sorte e o privilégio de percorrer o meu caminho acompanhada e de saber e sentir que esse caminho me é adornado com amor e amizade por parte desses humanos aos quais tenho a honra de chamar Amigos.
É a vós que escrevo estas palavras...
Sara Almeida
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
domingo, 10 de fevereiro de 2008
Tejo
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008
Braga
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
23 de Janeiro de 2006
Estamos hoje no dia 23 de Janeiro de 2008 e faz exactamente hoje 2 anos que a minha irmã, amiga e companheira morreu. E agora é a altura em que todos ficam a pensar: "que merda, que tristeza, lamento!" Por favor não, não é isso que eu quero com este texto, eu só pretendo lembrar-me do que é amar alguém incondicionalmente, do que é ter ciúmes da melhor amiga, do que é telefonar e saber que estará lá sempre alguém, Sempre!
Amanhã seria o dia em que eu receberia a noticia da mãe a dizer: "Sara vais receber a pior noticia da tua vida" e sim... Foi isso mesmo que eu recebi, às 19h da tarde no meu trabalho, sim... Eu recebi a pior noticia da minha vida, eu ouvi as piores palavras que alguém pode ouvir.
Faz hoje 2 anos que eu passei a noite a chorar, em branco, ainda sem acreditar no que estava a acontecer.
Faz hoje 2 anos que olhei para as centenas de flores em volta de um caixão e me comecei a rir por a minha melhor amiga odiar o amarelo e não acreditar em padres da treta a pregarem aquilo que desconhecem, a dor que não sentem.
Ainda hoje tenho guardadas as cartas, as fotografias, as recordações de alguém que ainda hoje amo, que ainda penso e que ainda hoje sofro com a ausência.
Tenho vontade de chorar, tenho vontade de gritar ao mundo que nada é pior que a morte de alguém que amamos, nada é pior que isso, por isso Puta que vos pariu a todos, chega de hipocrisias e de falsas dores! (Desculpem, eu não quero ferir susceptibilidades com isto, é só mesmo um desabafo e sem desejos de atingir alguém)
Geralmente quando alguém morre existe a tendência a esquecermo-nos dos traços dessa pessoa, o que eu sempre achei curioso é que eu nunca esqueci os dela, nunca houve um momento em que não me lembrasse da voz, do cabelo, das unhas roídas, do corpo. Seria mais simples talvez se me tivesse esquecido, era sinal que não havia presença mas eu ainda sinto essa presença, todos os dias da minha vida, todos os dias eu sinto a presença da minha querida amiga.
Por isso, vos digo dêem valor ao que têm, dêem valor aos pequenos detalhes da vida, pisem a dor e a mágoa sem piedade e olhem em frente, olhem a merda do mundo e vejam o que é viver!
Aqui deixo o meu testemunho e aqui deixo um desabafo sem vontade de se abrir.
Sara Almeida
sábado, 19 de janeiro de 2008
São agora finais de uma tarde em que o frio nos aperta e os beijos nos aquecem.
Tenho o teu coração gravado no meu peito e as tuas mãos guardadas nos bolsos que cosi na pele.
Em ti procuro-me dentro do abraço que me força a ter-te em mim.
Em ti, meu amor, sou eu, aquela que não se envergonha da nudez do seu corpo e da palavra Amor.
Sara Almeida
*Mais um texto para a fotografia de Angelina Nicolau.
domingo, 6 de janeiro de 2008
É triste assistir à passagem do tempo e observar este rosto que se anula.
Dói-me o peito e os olhos das razões que não tenho.
Todos os mundos se abatem sobre mim e histórias que ainda estão por contar deixei-as no reflexo do meu corpo.
Está hoje na hora de sair, de arrancar a pele e fazer morrer estes gritos de silêncio que todos os dias me atropelam.
Está na hora, é tempo… E já passou…
* Fotografia de Angelina Nicolau (www.angelinanicolau.blogspot.com)
sábado, 22 de dezembro de 2007
sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
Lisboa
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
somewhere i have never travelled
somewhere i have never travelled,gladly beyond
any experience,your eyes have their silence:
in your most frail gesture are things which enclose me,
or which i cannot touch because they are too near
your slightest look easily will unclose me
though i have closed myself as fingers,
you open always petal by petal myself as Spring opens
(touching skilfully,mysteriously) her first rose
or if your wish be to close me,i and
my life will shut very beautifully, suddenly,
as when the heart of this flower imagines
the snow carefully everywhere descending;
nothing which we are to perceive in this world equals
the power of your intense fragility: whose texture
compels me with the color of its countries,
rendering death and forever with each breathing
(i do not know what it is about you that closes
and opens; only something in me understands
the voice of your eyes is deeper than all roses)
nobody,not even the rain, has such small hands
e. e. cummings
*Um dia um Grande Amigo dedicou-me estas palavras...
quinta-feira, 15 de novembro de 2007
quarta-feira, 24 de outubro de 2007
Sou parte de quem tu eras,
Sou corpo que arde sem ti,
E a saudade nada mais faz
Senão queimar aquilo que um dia foste.
Em memória de quem era a Joana lhe dedico estas palavras e a honro todos os dias quando acordo e me preparo para viver cada dia que passa.
Esta sim é a minha dedicatória a ela e deveria ser a de quem sofre por todos aqueles que um dia amou.
...Viver...