Em cada canto escondido da cidade se encontram os poemas que ainda estão por escrever.
Espaços em branco não existem, não existem vazios nas palavras de um poeta.
A palavra é dor e remédio e fere ou cura quem a sente e não quem a entende.
Nas mãos guardo cada alma de mulher que sujou os olhos e a pele e no peito, preso nos pulmões, os gritos e os silêncios de todas elas.
São nessas artes ocultas que se abatem todas as palavras.
E são nesses vazios que não existem e nos cantos da cidade que se escreve as vidas que o passado decidiu deixar para trás.
Sara Almeida
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
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