quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Em cada canto escondido da cidade se encontram os poemas que ainda estão por escrever.
Espaços em branco não existem, não existem vazios nas palavras de um poeta.
A palavra é dor e remédio e fere ou cura quem a sente e não quem a entende.
Nas mãos guardo cada alma de mulher que sujou os olhos e a pele e no peito, preso nos pulmões, os gritos e os silêncios de todas elas.
São nessas artes ocultas que se abatem todas as palavras.
E são nesses vazios que não existem e nos cantos da cidade que se escreve as vidas que o passado decidiu deixar para trás.

Sara Almeida

2 comentários:

Angelina Nicolau disse...

Your art is incomprehensibly mature.

delusions disse...

tudo é cidade e luz... mesmo quando não sabemos onde pôr aqueles pedaços de nós que ninguém abraça...
gostei


Sofia*