terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Novas andanças

Um novo espaço criado para mero gozo pessoal: www.childrenplayit.blogspot.com

Beijo.

Sara Almeida

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Em cada canto escondido da cidade se encontram os poemas que ainda estão por escrever.
Espaços em branco não existem, não existem vazios nas palavras de um poeta.
A palavra é dor e remédio e fere ou cura quem a sente e não quem a entende.
Nas mãos guardo cada alma de mulher que sujou os olhos e a pele e no peito, preso nos pulmões, os gritos e os silêncios de todas elas.
São nessas artes ocultas que se abatem todas as palavras.
E são nesses vazios que não existem e nos cantos da cidade que se escreve as vidas que o passado decidiu deixar para trás.

Sara Almeida

terça-feira, 19 de agosto de 2008

New York



Existem cidades que nos deixam extasiados, que nos deixam sem fôlego e esta foi uma delas.
Nova Iorque... A cidade das mil funções, das mil culturas e nacionalidades.
Sujidade, antipatia mas um sentimento de familiaridade com tudo e todos.
Mais uma viagem a juntar à minha colecção.

Sara Almeida

sábado, 17 de maio de 2008

"e um olhar perdido é tão difícil de encontar
como o é congregar ventos dispersos pelo mar"

Ruy Belo

sexta-feira, 9 de maio de 2008

No coração guardaste os pedaços de pele rasgada que te ofereceram em vida.
Foste caminho aberto à ilusão e junto de ti o medo percorreu os despojos das mágoas perdidas.
Só te peço agora que não me tragas mais lágrimas e que me satisfaças o espírito com o simples silêncio dos mortos.


Sara Almeida

segunda-feira, 14 de abril de 2008

I Dedicate This To...

São anos que passam, horas e minutos em que caminhamos sempre para um mesmo fim.
Muitos percorrem a vida sozinhos e outros preferem a companhia daquelas poucas pessoas que amam.
A vida não é mais do que um longo ciclo e na altura certa, determinados seres humanos, decidem aparecer e marcar os nossos percursos através das suas palavras e presença.
Eu tenho a sorte e o privilégio de percorrer o meu caminho acompanhada e de saber e sentir que esse caminho me é adornado com amor e amizade por parte desses humanos aos quais tenho a honra de chamar Amigos.

É a vós que escrevo estas palavras...

Sara Almeida

domingo, 6 de abril de 2008



Mais uma viagem, mais uma recordação para guardar entre aquelas que ainda cá vivem.
República Dominicana - Punta Cana, Março 2008

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

É neste corpo que se estende a pele que vou rasgando com o tempo.
E é com este corpo que acordo os mortos e me prendo ao chão.

Sara Almeida

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Tejo


Nestas tardes de uma quase Primavera tenho-te guardado em mim, tenho-te nesse canto restrito aqueles que amo.
Obrigada pelas tardes, pelos cafés, pelas palavras, pela vida em si mesma quando juntos somos mais que um só ser.

Sara Almeida

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Braga

Em ti gravo as memórias das noites passadas.
Em nós guardo o que somos e o que sou contigo.
És este pedaço de terra e de ruas que amo.

Braga 03.02.08

Sara Almeida

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

23 de Janeiro de 2006

A quem me lê, este texto vai ser um vómito de palavras que não vão fazer sentido, no entanto, escrevo por necessidade de mostrar o que é amar, o que é dor, o que é a amizade e quem sou eu por detrás de todas as palavras escritas neste espaço.
Estamos hoje no dia 23 de Janeiro de 2008 e faz exactamente hoje 2 anos que a minha irmã, amiga e companheira morreu. E agora é a altura em que todos ficam a pensar: "que merda, que tristeza, lamento!" Por favor não, não é isso que eu quero com este texto, eu só pretendo lembrar-me do que é amar alguém incondicionalmente, do que é ter ciúmes da melhor amiga, do que é telefonar e saber que estará lá sempre alguém, Sempre!

Amanhã seria o dia em que eu receberia a noticia da mãe a dizer: "Sara vais receber a pior noticia da tua vida" e sim... Foi isso mesmo que eu recebi, às 19h da tarde no meu trabalho, sim... Eu recebi a pior noticia da minha vida, eu ouvi as piores palavras que alguém pode ouvir.
Faz hoje 2 anos que eu passei a noite a chorar, em branco, ainda sem acreditar no que estava a acontecer.
Faz hoje 2 anos que olhei para as centenas de flores em volta de um caixão e me comecei a rir por a minha melhor amiga odiar o amarelo e não acreditar em padres da treta a pregarem aquilo que desconhecem, a dor que não sentem.
Ainda hoje tenho guardadas as cartas, as fotografias, as recordações de alguém que ainda hoje amo, que ainda penso e que ainda hoje sofro com a ausência.
Tenho vontade de chorar, tenho vontade de gritar ao mundo que nada é pior que a morte de alguém que amamos, nada é pior que isso, por isso Puta que vos pariu a todos, chega de hipocrisias e de falsas dores! (Desculpem, eu não quero ferir susceptibilidades com isto, é só mesmo um desabafo e sem desejos de atingir alguém)
Geralmente quando alguém morre existe a tendência a esquecermo-nos dos traços dessa pessoa, o que eu sempre achei curioso é que eu nunca esqueci os dela, nunca houve um momento em que não me lembrasse da voz, do cabelo, das unhas roídas, do corpo. Seria mais simples talvez se me tivesse esquecido, era sinal que não havia presença mas eu ainda sinto essa presença, todos os dias da minha vida, todos os dias eu sinto a presença da minha querida amiga.
Por isso, vos digo dêem valor ao que têm, dêem valor aos pequenos detalhes da vida, pisem a dor e a mágoa sem piedade e olhem em frente, olhem a merda do mundo e vejam o que é viver!

Aqui deixo o meu testemunho e aqui deixo um desabafo sem vontade de se abrir.

Sara Almeida

sábado, 19 de janeiro de 2008

São agora finais de uma tarde em que o frio nos aperta e os beijos nos aquecem.
Tenho o teu coração gravado no meu peito e as tuas mãos guardadas nos bolsos que cosi na pele.
Em ti procuro-me dentro do abraço que me força a ter-te em mim.
Em ti, meu amor, sou eu, aquela que não se envergonha da nudez do seu corpo e da palavra Amor.


Sara Almeida


*Mais um texto para a fotografia de Angelina Nicolau.

domingo, 6 de janeiro de 2008

É triste assistir à passagem do tempo e observar este rosto que se anula.
Dói-me o peito e os olhos das razões que não tenho.
Todos os mundos se abatem sobre mim e histórias que ainda estão por contar deixei-as no reflexo do meu corpo.
Está hoje na hora de sair, de arrancar a pele e fazer morrer estes gritos de silêncio que todos os dias me atropelam.
Está na hora, é tempo… E já passou…

Sara Almeida

* Fotografia de Angelina Nicolau (www.angelinanicolau.blogspot.com)
Obrigada...

sábado, 22 de dezembro de 2007

FELIZ NATAL A TODOS

E

FELIZ 2008

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Lisboa


"Por trás dos muros da cidade

no seu coração profundo de alicerces

de argilas e de sísmicos arroios - cresce uma voz

que sobe e fende a brandura das casas"


Al Berto in Horto de Incêndio

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Desejo perder-me no teu rosto e no teu corpo sem que possas ver que estou aí.
És parte de pequenos recortes que faço no coração, recortes que espalho pelo chão e piso de madrugada.
Desejo desejar o ódio e fazer desse ódio o motivo do meu anseio por ti.

Sara Almeida

quinta-feira, 15 de novembro de 2007



"The poetry that comes from the squaring off between,
And the circling is worth it.
Finding beauty in the dissonance."

Tool

quarta-feira, 24 de outubro de 2007


Sou parte de quem tu eras,
Sou corpo que arde sem ti,
E a saudade nada mais faz
Senão queimar aquilo que um dia foste.

Sara Almeida


Fotografia tirada em 2005, numa daquelas ocasiões em que a amizade está acima de tudo o resto.
Em memória de quem era a Joana lhe dedico estas palavras e a honro todos os dias quando acordo e me preparo para viver cada dia que passa.

Esta sim é a minha dedicatória a ela e deveria ser a de quem sofre por todos aqueles que um dia amou.
...Viver...



segunda-feira, 22 de outubro de 2007


Todo o teu corpo nu ondulava ao som do silêncio.
Era noite e não dia e lá fora o vento soprava quente.
Dentro do quarto somente uma respiração se ouvia.
Baixinho murmuravas a música que te fazia dançar.
Baixinho ditavas as palavras que te iriam fazer dormir.

Sara Almeida