segunda-feira, 18 de junho de 2007

Sobre o teu corpo deito as minhas mãos e entre beijos sôfregos penetro-te na pele.
Nas costas cravo-te as marcas dos meus dedos ansiosos por sentir o teu arrepio na espinha. Tens o cheiro doce e amargo de mulher e nesse cheiro proibido quero perder-me.
Sobre os teus longos cabelos pretos desejo adormecer e nos teus olhos desejo ver e olhar e consumir as lágrimas que não derramas.
É de ti que bebo vida e em ti que guardo a mulher que sou.

Sara Almeida


sábado, 2 de junho de 2007

É um pulsar que não pára, que afunda e que prende.
É um bater que trai, que angustia e que faz do sentido um suplício.

(É um som, um som…)

São palavras em que o nada se retira.
Com elas se faz amor e com elas se morre.


Sara Almeida